domingo, 27 de novembro de 2011

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Matéria

Não tens a certeza d`alma tirar férias em outtro lugar
mas se sabe que tua vida
pode ser gravada em um papel

Uma memória
relembrada e esquecida
importante ou banal

Podem não me dar importância
mas já que me tornei um papel
satisfaço-me que no fundo:
eu sou uma árvore
e através de um papel:
eu respiro

Thamiris de Oliveira 23/03/09

sábado, 26 de novembro de 2011

Angústia até de não conseguir escrever

Agústia de poetisa

De que adianta ter mãos
e não poder tocar?
Se tenho tantos desejos,
inclusive os seus que perpassaram pelos meus?

De que adianta eu te beijar,
minha boca querer se estender,
e não poder dizer o quanto quero você?
Não preciso de belas palavras e melodias,
pois até com meu silêncio,
do alto eu tive uma boa vista

Meus olhares codificam palavras
que às vezes não conseguem ser lidos
ou conquistar.
Mais uma vez sentidos falhos

De que adianta te olhar
se não consigo te acompanhar?

De que adianta ser generosa
se não sou presenteada?

De que adianta querer ouvir
já que ninguém tem nada para falar?

E pela última chance,
trincada de nada
não tenho sua substância para me viciar da vida

E minha beleza e vaidade continuam físicas
tentando resolver fórmulas
para achar você

Se não compreende nada disso, querida
como pode entender o que escrevo?

Thamiris de Olivira 23/11/11

sábado, 8 de outubro de 2011

...

Verso/(in)verso

Minha arte é a dor.
Minha dor é arte.

Thamiris de Oliveira 04/10/11

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

...

Sono eterno

A quem devo culpar dos meus pesadelos? Das imagens que vejo ou o que meu insconciente sente?

Há dois grupos nesse sonho - um com várias pessoas, o outro com um louco. Quem se fode? O louco. Primeiro que sua essência seria esmagada por unanimidade e maioria - na maioria das coisas que se quer ou não me quer. Segundo porque o louco também pode se condenar. Conclusão: o louco pode se foder duas vezes. (E se você pensar que essa situação poderia ser ao inverso, vá se foder).Ah, e tem uma terceira contribuição. Basta 4 mãos socando para me matar, quiça duas. Então, nem com toda vontade do mundo venceria por imposição - que seja. Ilação: Louco, culpado!

Ok, ok, mas se diante dos sonhos o pesadelo legitimar, o que devo fazer? Esse mand(ato)não ter prazo para acabar, infelizmente, está fora de minha validade.

Nesse fato temos duas situações: ou eu acordo para a vida; ou continuo-a com esses tais amiguinhos opressores de pesadelos - e cá entre nós, se for para ter um pesadelo, por favor, não faça barulho, desligue a luz, pois eu quero dormir.

Thamiris de Oliveira 04/10/11

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Moskeando

Oi, sou eu.

Do amor - Paulinho Moska



"
Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor e não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto."

domingo, 2 de outubro de 2011

..

Você

Não se preocupe, querida. Você tem a você, e se tiver controle sobre si mesma, melhor ainda. Não podemos culpabilizar o que não se compreende, mas sim o que se reproduz. Um branco não pode falar o que é sofrer preconceitos de quem tem pele escura, justamente por não ser negro - e vice-versa - mas também não se pode dizer o que é melhor ser. Você não sabe, e além de tudo, tudo é relativo.

Não se preocupe, querida. Você tem alguém para batalhar, com duas pernas, dois braços, quilos e quilos. Imagine se tiver mais pares de corpos para sustentar... O seu trabalho socialmente produzido tem um preço, e é bem caro - eu que o diga. Ele é totalmente humilhado, desvalorizado, exaustivo, que adoece. Para no final do mês, sobrar moedinhas que não servem para cervejinhas e afins. (Ok, tirando uma pequena possibilidade de ganhar na loteria, ou casando com alguém rico - com que pretensão aí é com vocês).

Não se preocupre, querida. Quando adoecer, é você quem vai sentir a dor. Aqueles incômodos chatos no corpo - até que merecia uma massagem agora - pode até diminuir com mãos maravilhosas; aquele resfriado chato para caralho que pega um tobogã no seu nariz. As pessoas não te curam, pelo contrário. Ou te matam de amor, ou esgotam sua quantidade de risos, ou paciência. Acabam com sua tristeza ou felicidade, seja o que for; conseguem inventar coisas!

Não se preocupe, querida. Quando começar a ficar insana, só você saberá suas verdades. Seus sonhos, seu mundo, sua realidade, fantasias, suas mímicas, sua poesia - e minhas palavras.

Está entendendo? Deve-se amar a si própria e muito, porque você é você e mais ninguém. Ama-se ou vá...

Então é por isso que é tão difícil confiar assim nas pessoas - e eu particularmente, desacreditei-me delas.

Thamiris de Oliveira 02/10/11

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fresquinha e deformada

Minha plantinha

Preciso de paz,
estímulos confiantes e ativos
para meus brinquedos escritos
poderem brincar;
sem que deite de lado
e torne à descançar

Aqui em casa ainda não tem
algo que me prende.
Para poder cultivá-la com
devido respeito.
Mas dá trabalho;
as raízes crescem
e não há nada para ser minha
sombra

Preciso de frutas
quero sabores dentro e
fora de mim.
Assim, de passagem,
caindo, nascendo
(des)gostos em
mim

Saborear-me-ia? Ou faria de mim
brincadeira de guerrinha
jogada num corpo e caída no chão?

Para poder plantar,
também devo jogar minha semente
junto a um cultivo
de infinitos risos,
criatividade,
paz

Thamiris de Oliveira 26/09/11

domingo, 25 de setembro de 2011

Troca-troca

Adoro trocas literárias, ou então apenas presentes. Sobretudo, quando escrevem para mim com sua própria letra - que acho uma arte encantadora, que tento sentir um pedaço de quem escreveu.

Uma de minhas prefiridas. Simples, e que gosto.

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Procura-se uma boa costureira de mãos hábeis e dóceis. Não precisa de anos de experiência, mas que somente aguente minhas bagagens.

Seu serviço deve ser amplo, encantador e criativo à base de muita paciência, relevando ataques histéricos de sua cliente (que além do mais, não é uma má pessoa).

Procura-se alguém que saiba enfeitar minha vida, que emende minha felicidade, corte as dores, que alinhe os desníveis, que desfie meus desejos, alfinete-me com paixão e deixe muito bem costurado o amor.

Thamiris de Oliveira 28/10/09

Vambora

Aqui com juras

Doa-se: olhares, carinho e atenção.
Ganhe abraços e beijos intermináveis.
Tudo isso em um ser humano só

Localiza-se em um lugar agradável,
talvez fechado, um pouco medroso e misterioso,
mas não tem problema,
ele tem conserto

Mas permite-se apenas uma troca:
a troca de olhares, carinho e atenção,
uma parceria,
um amor

Thamiris de Oliveira 23/03/09

Tunél do tempo

Caraca, 2008 haha.

Pequena menina

Uma menininha sonhadora
quer dispertar sua mocidade,
mas não sabe por onde começar

Ela se achou tão diferente, e é só mais um ser diferente.
Simples, desconhecidamente carinhosa e amorosamente adormecida

É fragil como uma joaninha,
mas talvez não tão bela quanto as flores;
sua cabeça age conforme um pássaro,
livre sem nenhum obstáculo para sonhar;
um coração como uma formiga,
sempre duvidando de sua força

E ela não precisa de um foguete para sentir-se nas nuvens,
nem próxima ao sol para o amor nutrir sua vida.
Diante de tanta burrice, ela só não qur viver um amor à fugas

Inocentemente, mandou uma carta sem destinatário
esperando a resposta do amor desconhecido...

Thamiris de Oliveira 23/09/08

Sequela...

Nóó, que sequela.. Fui escrever algo em relação a Laissez-faire e viajei, haha. Ás vezes penso muito rápido e não dá pra escrever tudo.
Mas mantenho do jeito que está.
Deixai fazer...

Laissez-faire

Para o meu acordar
a livre vontade do sono despertar

Durante o dia,
utopias sambando em sintonia
com ideologias dentro de uma mochila

No meu programa de transição
preciso de ativistas para meu corpo,
vanguardas no sexo;
a massa está presente em toda minha vontade;
proletários que ajudem a construir minha riqueza,
para também saber usufruí-la

Na vida,
camaradas de amizade,
militando confiança,
carinho, admiração, tesão.
Ajudando a levantar nossas bandeiras
gritadas, apedrejadas
de querer amar e (se) libertar

Por mim,
por você,
por elas, eles.
Nosso abraço coletivo

Deixai fazer na minha (des)organização

Thamiris de Oliveira 24/09/11

Acabei modificando hahahaha

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rabiscos...

Pensamento sem tempo

Cansei. Estou cansada de enxergar - pouco ou muito - e não ser vista pelo que os olhos não podem ver. Não quero mais ser capturada por aquilo que me sobressai fisicamente; por meu querer ser alguém.

Não entendo o não dispertar da mais desinteressada à mais vadia, e principalmente, estimular intelectos que se juntem aos meus, camaradamente, confiantemente, para rir ou chorar, que me faça utilizar EMOÇÕES! Que me faça explorar; nunca subjugar a mim e quaisquer. Que para a ação ter reação, eu funciono com a emoção, (principalmente) minha ou sua, mas que se não tiver, continuar-me-ei uma estátua voltada a esses olhos que não conseguem (me) ver.

O que faço?

Não tenho tempo para gozar da vida. E no escandaloso tic-tac que me poem insônia - acordada ou dormindo - esses ecos de confusão não me deixam pensar; e quando enfim, um pensamento se sobressai, ele só caminha pràqueles com olhos que não me vêem.

Gostaria muito de saber o problema comigo, mas talvez ele seja tão simples que procuro tanto e talvez nao esteja em mim: a falta de amor nas pessoas. Misturado na falta de tempo.

Tempo de amar, pensar e crescer.

Thamiris de Oliveira 12/09/11

sábado, 4 de junho de 2011

Porcariaszinhas que se escreve

Navegadora

Como toda curiosa, fascinei-me e corri atrás. Deixando para trás minha terra de tabus primitivos, guiando-me nas novas luzes de pensamento à navegar.
Peguei meu barco e fui explorar - não tão pacificamente, fazendo tempestado em meu oceano d`agua (mas que culpa tenho eu de ser estressada?).
Eu indico a brisa que ativa meus mapas do céu estrelado de neurônios para enfeitar...
O sentido da aventura é teoria e prática. E prática.

Thamiris de Oliveira 01/06/11

Bem incompleto.

 

Códigos secretos

Um jogo de 4 incógnitas
todas parecida e sempre interrompidas,
assustam durante o jogo,
e o final é sem fim

Acorda meu insconciente
e também o bota a dormir.
Sem significado, contexto
sentido, cenário
esbarrando na nossa insônia:
cenas
(dramáticas ou não)
de atrizes num pequeno Romeu e Julieta,
que se beijam
e morrem
(ou acordam).

Não tenho tempo para lançá-la em meus dados
Minhas tentativas darão números baixos

1 dado lançado
4 vezes
em um sonho de baralhos
tentando entender essas tais magias carteadas

Thamiris de Oliveira 04/05/11

domingo, 15 de maio de 2011

Ah

Não sei mexer nesta droga.

Bendita aula de psicologia social

Pequeno engano

Eu não namoro.
Vejo minha namorada.

Às vezes...

13/05/11

sábado, 14 de maio de 2011

Bendita aula de psicologia social

Ambas

Camarada de afins
Continue comigo nesta luta.
No mesmo espaço de revolução,
Grite protestos
Grite prazer

E no meio do caminho,
Se estiver tão cansada,
Não se preocupe que ponho-te a sonhar
Tentando mudar essa realidade alienada
E quando acordar,
Posso estender um pano vermelho de liberdade

13/05/11 Thamiris de Oliveira

Nota: apto à mudanças.

BENDITA AULA DE PSICOLOGIA SOCIAL

Sabe aquelas aulas que não servem para você? Pelo menos arranjei algo para fazer no dia...


Pegadinha

Quem é mais (agora não me vem nenhum eufemismo) idiota? (Certamente não ele). O Rapaz, quase comparado a um menino de 16 anos; a rapariga atraente, interessante, atraída pela loucura dos outros; ou uma pessoa alheatória com vontades alheias, querendo essa idiota querendo outro idiota?
Quem é mais idiota?
(E me parece que o idiota é que se saiu bem).

Achados e perdidos..

O vento inventou
O sopro das sedes
Com águas raras
De limpeza d`alma
Ja que sou evaporada
Ao encontro do vento
Que inventou

O eco que calou
Metros de barreiragem
Que levo na bagagem
Que assopro e acendo

?/?/11 - Thamiris de Oliveira

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

 

Luxo

A gente sempre muda. A gente continua a mesma coisa. Ta tudo indo, graças a Deus...

Em que tempo estamos agora? Não sei se passei pelo tempo, ou se ele passou por mim. Mas é engraçado. De maneira, até nostálgico. Naquelas dores histéricas de adolescentes virgens de amor, com dúvidas de boca de criança sem respostas nem nada. E sendo marginalizadas, nem conseguindo expressar-se na minha própria exclusão social/inclusão marginal. Então aqui estou.

Costumava mendigar afagos, mas na verdade o que vinha era gota suicida, pingando sempre, toda hora. Toda hora não, mas em momentos; e é chato pra caramba.

Dei-me ao luxo de ter juntado esmola, pra poder ter um amor grandão. Aí tive o amor. Só que mesmo assim continuo mendigando...

Mas nesse país tem monogamia, moralismo, teoria e prática, certo, errado, ao inverso, incerto. Relativo.

É... Continuo com cabeça de Emília, mas sem conseguir vomitar palavras...

Estou (sou) no passado? Que deve ter passado por agora. Pra trazer um presente. Dou-me ao luxo de querer saber o que será.

Thamiris de Oliveira 21/02/11

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Depois de tanto tempo, mas nada demais

Amadas, amantes

Pensamentos,
desejos,
fragilidade,
poesias,
delas
em mim

Despertam sua sexualidade,
uma risada,
um afago,
a puta de mim
num par de braços
em meu lugar pulsador à banho Maria;
e a Emília de mim
em outros abraços.
Num vácuo de peripécias desentendidas

Thamiris de Oliveira 31/01/2011