sábado, 26 de novembro de 2011

Angústia até de não conseguir escrever

Agústia de poetisa

De que adianta ter mãos
e não poder tocar?
Se tenho tantos desejos,
inclusive os seus que perpassaram pelos meus?

De que adianta eu te beijar,
minha boca querer se estender,
e não poder dizer o quanto quero você?
Não preciso de belas palavras e melodias,
pois até com meu silêncio,
do alto eu tive uma boa vista

Meus olhares codificam palavras
que às vezes não conseguem ser lidos
ou conquistar.
Mais uma vez sentidos falhos

De que adianta te olhar
se não consigo te acompanhar?

De que adianta ser generosa
se não sou presenteada?

De que adianta querer ouvir
já que ninguém tem nada para falar?

E pela última chance,
trincada de nada
não tenho sua substância para me viciar da vida

E minha beleza e vaidade continuam físicas
tentando resolver fórmulas
para achar você

Se não compreende nada disso, querida
como pode entender o que escrevo?

Thamiris de Olivira 23/11/11

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