quarta-feira, 31 de março de 2010

Boas vindas.

E assim que a polícia e a tropa de choque recebe os professores de São Paulo reivindicando por um aumento de salário de 34%.
Que bela repressão, heim...

terça-feira, 16 de março de 2010

Geografia

Fui um alvo para desconhecidos caminhos. Perdendo-me na sua natureza, sem bússula, sem defesa.
Caminhei pr`além do desconhecido, esfomeada de dúvidas; de fomes subconscientes e sedes transbordadas.
Andei por curvas e vales, avistando as belezas nuas e cruas, assim como são, nas variadas chuvas d`agua ou tardes ensolaradas retirando meu suor.
Fiz amizades com aves e vez em quando polsavam em mim. Nenhuma sozinha. Só acompanhada e faminta; e eu insensata acabando com meus víveres.
Perdurei em noites frias e caladas, com ecos selvagens acordados me deixando cada vez mais aflita.
Avistei de longe montanhas pontiagudas, sendo por dias, felicidade de minha conquista. Com perfumes das flores embriagantes, me deitei. E na continuação da rota, caí. Rolando em espinhos fantasmas, desaparecendo de minha visão.
Até que em cima de um rio, pendurei-me nos cipós dos fios de seus cabelos, vendo-me pendurada e machucada sob espelhos turvos e enganadores - não sabendo o grau real da sua profundidade. E sem forças, me entreguei à correnteza refrescante e fluídica.
Depois veio uma correnteza leve e constante. Fui levada à uma caverna submersa, com aranhas tecendo meu céu ensolarado de medos, angústias, curiosidade com picadas de pequenas dores.
E sendo o último lugar visitado, parece que me juntei à jorradas das águas da cachoeira. Frias, cortantes e sem controle de queda nos meus olhos.
E os alimentos de lá, sintonizavam o paladar de minha língua, beijando-me de nutrientes para me alimentar, deixando aftas para não conseguir mais prová-los. Eu não aguentei a sua acidez.
No desespero, mas já em brisas de calmaria, fui atrás de um vagalume, podendo-me mostrar um pouco de amor. Segui-o e não mais avistei. Procurei-o de novo, e estava morto. Fiquei triste, pois queria voltar para casa com algum companheirinho.
Tardou à escurecer, e fiquei parada, talvez esperando um resgade. Vendo minhas lágrimas reluzirem, quis saber donde vinha o brilho. Olhei para o céu e sorri para as luzes de amor; umas cadentes, outras fixas - próximas ou distantes - relembradas no meu pulsador de saudades. Mas que me deram luz e me ajudaram a voltar para casa.

terça-feira, 9 de março de 2010

Indiferenças diferentes

Tenho momentos revoltosos da vida, em que ignoro totalmente as pessoas, ou super tento - obviamente as que são insuportáveis; aproveito quando existe o álcool e consigo ser no mínimo discreta para mostrar o pequeno incómodo/chateação/tédio e afins, que se tornou para mim, uma gracinha antipática e impaciente, ou não; fico um poço de irritação.
Comecei a ser fria para me proteger; gostar bastante das pessoas não é legal e pior ainda quando se confia na besta e nada é recíproco. Hoje em dia eu acho necessário. Não dá para ficar numa mesa de bar, ou numa conversa saudável com um ou mais elementos CHATOS. Porra, odeio gente chata, de verdade. O pior é quando não percebem que estão falando merda. Já quando acontece de eu não agradar alguém eu saio, não falo nada.. Só não incomodo, caraleo. É a minha indiferença pessoal para um.
Mas tem uma outra indiferença, talvez a pior de todas.Essa eu diria ser a indiferença ao colectivo e nocivo.
É engraçado ver homens apaixonados por suas amadas e não terem motivos para lutar algo contra o machismo, a favor aos direitos trabalhistas tão sofridos e apertados, uma ascensão, uma igualdade, e uma possível ajuda dentro de casa, né.
Indivíduos que não abdicam de seus pré-conceitos para não verem e deixarem a felicidade fluir alheia. E tudo fica mais fácil com a cultura, religião, fora o modo de produção capitalista (não vou procurar me estender em relação a isso porque senão eu.. Eu me revolto e não é o momento agora.Mas um dia eu explico, como o MPC não vive sem racismo).
Aos racistas, queria olhos que não vissem cor.
Aos homofóbicos, que não amem e sejam amados.
Aos xenófobos, que não lembrem de seus países.
Tá, tá.. Todo mundo sabe que educação não quer dizer simpatia (vide eu), consentimento, respeito, solidariedade e etc. Mas acredito que é através dela que os pré-conceitos são combatidos e eliminados mais eficazmente, e que abrem portas ao mundo (interprete como quiser).
Essa indiferença colectiva inibe a felicidade. Inibe um sucesso no trabalho. Inibe amar. E para finalizar minha fala, vai aí, que super se enquadra.

O Analfabeto Político

"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe,
da farinha, da renda de casa,
dos sapatos, dos remédios,
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e enche o peito de ar
dizendo que odeia a política.

Não sabe, o idiota,
que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra,
corrupto e lacaio das empresas
nacionais e multinacionais."

Bertold Brecht

quarta-feira, 3 de março de 2010

Fica a dica, colega.

Gente, Eduardo Galeano é tudo. Só li a introdução e super gostei. O livro é "Veias abertas da América Latina".
Um jornalista crítico e quase que romantico nas palavras, mostra os problemas da América Latina. Depois ponho uma frases legais aí, porque o maluco é bom.

"O desenvolvimento desenvolve a desigualdade"

Beijos.