quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Adoro essa palavra

Soberba

No ônibus levei um soco da razão. Criei uma teoria! Mas para toda teoria existir, plausivelmente, deve-a colocar em apuros com a prática, e então sobreviver. Além disso, exalto o grande papel e funcionalidade de minha teoria à sociedade.
Soberba. Bom, é um conceito com vários significados: orgulho; altivez; arrogância; "Narizinho do Picapau Amarelo" (adoro eufemismos); "nariz em pé"; gógó; "só tem pescoço" e etc. Esse é o primeiro grande suporte da teoria. Prosseguindo, esse conceito tem como objeto central o sujeito da ação. Ou seja, o ser social.
Ora, sendo a teoria materializada no corpo, pude observar que o indivíduo que mede, aproximadamente, 1,80m, surpreendentemente, o sujeito passa a medir 2,70m! É isso mesmo! Consegue adquirir o dobro do seu tamanho original! Menos ou mais dependendo da dose de soberba.
Outro fato importante que pude constatar, é que se a cobaia for homem e ter o "pombo de adão", aquele gógó, o ossinho que balança na garganta, o sujeito ainda cresce 0,20 cm de tamanho! É quase  inacreditável.
Concluo minha tese, de que está se criando um enorme exército de super humanos gigantes em direção ao ápice da altura de suas próprias quedas.

18/12/12 Thamiris de Oliveira

domingo, 6 de janeiro de 2013

"A consciência moral que tantos insensatos tem ofendido e muito mais renegado, é coisa que existe e existiu sempre, não foi uma invenção dos filósofos do Quartenário, quando a alma mal passava ainda de um projeto confuso. Com o andar do tempo, mais as atividades da convivência e trocas genéticas, acabamos por meter a consciência na cor do sangue e no sal das lágrimas, e, como se tanto fosse pouco, fizemos dos olhos uma espécie de espelhos virados para dentro, com o resultado, muitas vezes, de mostrarem eles sem reserva o que estávamos tratando de negar com a boca".
Ensaio sobre a cegueira - Jose Saramago.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Olhares que não falam,
perdem-se a qualquer desvio.
Olhares vazios,
Cheios de ressentimentos.

Olhares mortos, tristes até para se ver.
Olhares molhados, vermelhos, cansados, maltratados.

Olhares velhos,
Não querem descobrir mais nada.
Olhares cegos que nada enxergam a sua volta.

Olhares desinteressados;
Eles não brilham,
E até te ofuscam.

Olhares ausentes,
Sonolentos,
Acorde, acorde,
Há alguém em sua frente.

Olhares confusos.
Mesmo os olhando bem no fundo
Não se acha nenhuma resposta.
Estão lá perdidos.