segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fresquinha e deformada

Minha plantinha

Preciso de paz,
estímulos confiantes e ativos
para meus brinquedos escritos
poderem brincar;
sem que deite de lado
e torne à descançar

Aqui em casa ainda não tem
algo que me prende.
Para poder cultivá-la com
devido respeito.
Mas dá trabalho;
as raízes crescem
e não há nada para ser minha
sombra

Preciso de frutas
quero sabores dentro e
fora de mim.
Assim, de passagem,
caindo, nascendo
(des)gostos em
mim

Saborear-me-ia? Ou faria de mim
brincadeira de guerrinha
jogada num corpo e caída no chão?

Para poder plantar,
também devo jogar minha semente
junto a um cultivo
de infinitos risos,
criatividade,
paz

Thamiris de Oliveira 26/09/11

domingo, 25 de setembro de 2011

Troca-troca

Adoro trocas literárias, ou então apenas presentes. Sobretudo, quando escrevem para mim com sua própria letra - que acho uma arte encantadora, que tento sentir um pedaço de quem escreveu.

Uma de minhas prefiridas. Simples, e que gosto.

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Procura-se uma boa costureira de mãos hábeis e dóceis. Não precisa de anos de experiência, mas que somente aguente minhas bagagens.

Seu serviço deve ser amplo, encantador e criativo à base de muita paciência, relevando ataques histéricos de sua cliente (que além do mais, não é uma má pessoa).

Procura-se alguém que saiba enfeitar minha vida, que emende minha felicidade, corte as dores, que alinhe os desníveis, que desfie meus desejos, alfinete-me com paixão e deixe muito bem costurado o amor.

Thamiris de Oliveira 28/10/09

Vambora

Aqui com juras

Doa-se: olhares, carinho e atenção.
Ganhe abraços e beijos intermináveis.
Tudo isso em um ser humano só

Localiza-se em um lugar agradável,
talvez fechado, um pouco medroso e misterioso,
mas não tem problema,
ele tem conserto

Mas permite-se apenas uma troca:
a troca de olhares, carinho e atenção,
uma parceria,
um amor

Thamiris de Oliveira 23/03/09

Tunél do tempo

Caraca, 2008 haha.

Pequena menina

Uma menininha sonhadora
quer dispertar sua mocidade,
mas não sabe por onde começar

Ela se achou tão diferente, e é só mais um ser diferente.
Simples, desconhecidamente carinhosa e amorosamente adormecida

É fragil como uma joaninha,
mas talvez não tão bela quanto as flores;
sua cabeça age conforme um pássaro,
livre sem nenhum obstáculo para sonhar;
um coração como uma formiga,
sempre duvidando de sua força

E ela não precisa de um foguete para sentir-se nas nuvens,
nem próxima ao sol para o amor nutrir sua vida.
Diante de tanta burrice, ela só não qur viver um amor à fugas

Inocentemente, mandou uma carta sem destinatário
esperando a resposta do amor desconhecido...

Thamiris de Oliveira 23/09/08

Sequela...

Nóó, que sequela.. Fui escrever algo em relação a Laissez-faire e viajei, haha. Ás vezes penso muito rápido e não dá pra escrever tudo.
Mas mantenho do jeito que está.
Deixai fazer...

Laissez-faire

Para o meu acordar
a livre vontade do sono despertar

Durante o dia,
utopias sambando em sintonia
com ideologias dentro de uma mochila

No meu programa de transição
preciso de ativistas para meu corpo,
vanguardas no sexo;
a massa está presente em toda minha vontade;
proletários que ajudem a construir minha riqueza,
para também saber usufruí-la

Na vida,
camaradas de amizade,
militando confiança,
carinho, admiração, tesão.
Ajudando a levantar nossas bandeiras
gritadas, apedrejadas
de querer amar e (se) libertar

Por mim,
por você,
por elas, eles.
Nosso abraço coletivo

Deixai fazer na minha (des)organização

Thamiris de Oliveira 24/09/11

Acabei modificando hahahaha

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rabiscos...

Pensamento sem tempo

Cansei. Estou cansada de enxergar - pouco ou muito - e não ser vista pelo que os olhos não podem ver. Não quero mais ser capturada por aquilo que me sobressai fisicamente; por meu querer ser alguém.

Não entendo o não dispertar da mais desinteressada à mais vadia, e principalmente, estimular intelectos que se juntem aos meus, camaradamente, confiantemente, para rir ou chorar, que me faça utilizar EMOÇÕES! Que me faça explorar; nunca subjugar a mim e quaisquer. Que para a ação ter reação, eu funciono com a emoção, (principalmente) minha ou sua, mas que se não tiver, continuar-me-ei uma estátua voltada a esses olhos que não conseguem (me) ver.

O que faço?

Não tenho tempo para gozar da vida. E no escandaloso tic-tac que me poem insônia - acordada ou dormindo - esses ecos de confusão não me deixam pensar; e quando enfim, um pensamento se sobressai, ele só caminha pràqueles com olhos que não me vêem.

Gostaria muito de saber o problema comigo, mas talvez ele seja tão simples que procuro tanto e talvez nao esteja em mim: a falta de amor nas pessoas. Misturado na falta de tempo.

Tempo de amar, pensar e crescer.

Thamiris de Oliveira 12/09/11