segunda-feira, 3 de maio de 2010

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Emprestaram-me um livro. Deram-me conhecimento, acrescentaram-me vocábulos e adicinaram confusão.
Peguei o livro sem fé e começei a lê-lo, e continuo lendo-o sem fé.
Tenho o costume de me guiar pelos números das páginas, aos finais para o começo de outro capítulo. mas após ler um pouco, vi que havia algum mistério nessas estórias, e como uma fiel confidente de seus infímos e regulardos mistérios de minha mania, me guardei.
Não sei o final do livro, ainda não acabei. Não sei se vou acha-lo melhor ou pior.
Não tendo respostas àlgumas perguntas, pensei em mim. (Poderia ter pensado em inúmeras criaturas; mas que diabos estou eu sendo a personagem principal? Talvez seja eu a pessoa que tanto que ser entendida e entender).
A incerteza. Algo bom ou ruim? Continuo respirando.
Pensei em representar o amor sendo a água - representam a água como algo curador. E de que cura eu preciso?
E eu neste vasto céu vou caindo, caminhando para o fim. Eu uma minúscula gotícula d`água.
Às vezes flutuo. Pareço voltar a estágios mais iniciais e penso que é assim, pois criança tem nostalgia de felicidade. E vou indo...
Até que penso em encontrar alguém "igual" a mim. A "mesma" doçura, confidência, segredos, intimidades, sensualidades, prazer, tudo uma analogia.
Enfim, achamo-nos. Duas pequeninas gotícolas em um vasto céu. E com a tamanha compatibilidade formamos algo maior e mais concreto. Transformamo-nos em um cristal de gelo visível, balançando sentimentos no ar.
Um cristal de gelo. Uma junção de infinitas substâncias tão forte, maior, concreta e fria.

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